Bolo Negro, Charmaine Wilkerson
Este era um dos livros que já tinha visto por ai a ser recomendado e decidi ler, gostei da capa, do título.
É uma história bonita e triste de superação de uma mulher que nunca desistiu de procurar a felicidade apesar das adversidades. A história começa com uma gravação deixada aos dois irmãos — Byron e Benny — nos dias após a morte da mãe, Eleanor deixa-lhes um bolo negro e uma mensagem gravada, o ponto de partida para conhecer a verdade sobre Eleanor, Covey o seu nome verdadeiro. Na gravação que os espera, a mãe pede para comerem o bolo “na altura certa”. A partir daí, a narrativa desenvolve-se entre tempos do passado e do presente, entre a história da mãe e a história dos filhos.
...Trata-se de encontrares e manteres o teu centro. É assim que se enfrenta uma onda. Então talvez descubras que precisas de praticar mais, ou há uma tempestade a aproximar-se, ou a onda é simplesmente demasiado grande para ti. Podes até decidir que simplesmente não foste feito para o surf, e isso também não tem mal nenhum. Mas não podes saber qual destas coisas é verdade a não ser que vás em frente com a cabeça no sítio certo. -Isto era verdade para o surf e para a vida, disse-lhe a mãe.
Uma leitura que desperta várias reflexões sobre surf, resiliência, adversidades, identidade cultural, preconceitos, tabus sobre tramas familiares e o papel da comida que norteia um pouco toda a história. Gosto muito de livros em que haja o envolvimento de gastronomia, só este elemento, remete-nos logo para familia boas conversas, conforto, pertença. Gostei muito de saborear este livro através da minha receita de bolo negro acabado de fazer.